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[BMO] A Ghost Story
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Michael Keephe
Menestréis de Orfeu
Início
– Esperem só um tempinho aqui, ok? – O homem curvou-se para falar com seus filhos, seus olhos estavam indecifráveis por trás dos óculos. O sobretudo preto e velho cobria todo seu corpo do frio, e talvez por isso sua careca estivesse suada. – Logo eu volto pra buscar vocês, mas podem brincar à vontade, ok?
Assim que ouviram a palavra “brincar” o casal de gêmeos correu para o balanço, por um tempo eles discutiram sobre quem iria brincar e quem iria empurrar primeiro. Pareceu um debate bastante fervoroso, mas logo a garota, Lissandra, sentou-se. À contragosto o menino, Daniel, começou a empurrar.
– Onde você vai, pai? – O menino perguntou sem virar para ele, ainda prestando atenção nas crianças.
– Consegui um show pra hoje, filho. – Sua voz tremia, mas o garoto não notou. – Eles vão pagar bem e você sabe que nós precisamos de dinheiro para consertar o sax.
– Nós…?
Mesmo sem entender o porquê deles precisarem ficar ali, com todo aquele frio, ao invés de ir com ele para o show o garoto concordou com a cabeça.
– Ok... Só não demora, por favor. Daqui a pouco eles vão cansar e perguntar por você ou por comida.
Revirando o bolso por um tempo, o homem tirou dinheiro e entregou na mão do garoto. Virando-se e saindo pela porta mais próxima dali. Michael guardou as moedas e as duas notas, suspirando e encolhendo-se dentro do casaco surrado.
“Porque ele precisa deixar a gente no frio sempre que vai tocar?” O garoto perguntou para si mesmo, mas sem que pudesse pensar mais nisso ele percebeu seus irmãos brigando. Liss já estava jogada no chão, chorando ou gritando, enquanto Dany ria sem parar.
A lâmina da katana deslizava nas mãos do garoto como se ele realmente estivesse acostumado com o que estava fazendo. Seus movimentos eram fluídos e velozes: cortes rápidos na horizontal, vertical e diagonal desenhavam linhas retas no ar, cortando-o sem dificuldade.
Seus pés seguiam o ritmo da velocidade dos golpes, atrasando-o durante poucos movimentos. Ele gingava e dançava com a espada de ferro estígio sendo sua única companhia.
Por um segundo ele parou de atacar, encarando o boneco de treino a alguns metros de distância dele. Tentando controlar a respiração pesada, ele correu em linha reta. Sua passada firme acelerava conforme os pés tocavam o chão do local. Antes de chocar com o alvo, o garoto abaixou-se e rolou para o lado, atacando o que seria o tronco do oponente com um corte diagonal.
Levantando-se com o máximo de agilidade possível naquele momento, o semideus esticou sua passada, empurrando o corpo com a sola dos pés para movimentar-se para cima e para frente, até as costas do boneco, atacando-o seguidamente com alguns golpes rápidos. As lascas de madeira e o estofado do instrumento de treino voavam para todos os lados.
Ele acertou o rosto desenhado com o cotovelo, como talvez pudesse fazer contra um adversário real, e afastou-se apenas o suficiente para esticar o braço e a lâmina, tocando com sua ponta no corpo de madeira. A extremidade da arma riscava o boneco, entalhando a trilha que a arma seguia.
O garoto voltou a atacar seguidas vezes, tirando lascas cada vez maiores da madeira, destruindo uma parte do boneco, mas seus ataques cessaram aos poucos, enquanto a arma pesava em seus braços.
Seu suor já grudava a camiseta laranja nas costas do garoto quando ele parou e embainhou sua arma, caminhando até a sombra da arena e sentando-se em um canto. Apanhou sua garrafa d’água e fechou os olhos ao tomar um longo gole.
– Bons movimentos, Micha! Movimentos excelentes! – Michael sorriu, sem abrir os olhos.
– Obrigado, Dany.
Quando ele resolveu olhar pro lado, viu o garoto sentado consigo, também sob a sombra da parede, encarando-o com um sorriso de orelha a orelha. A janelinha do dente ainda aparecendo. As mãos do semideus esticaram-se e ele arrancou uns quatro pedacinhos de grama verde do chão.
– Sim! Você fez assim e depois assim! Aí terminou assim! – Liss imitava seus movimentos com as mãos nuas e de forma bastante imprecisa, mas fofa. Os cachos do cabelo preto da menina sacudindo.
– Boa, Lisie! – Ele exclamou soltando a garrafa e aplaudindo ela por alguns instantes. Até ver a cara fechada do outro irmão.
– Você sempre elogia ela…
– Claro! Eu sou uma lutadora, igual ele! E não um bebezão…
– Ei! Calma aí! – O irmão mais velho os repreendeu. – Primeiro: não fala assim com o Daniel. Peça desculpas.
– Desculpa…
– Segundo: eu gosto dos dois iguais. Agora você tem que mostrar os movimentos, Daniel!
Ele disse rindo e virando seu rosto para o irmão, mas sua imagem já não estava ali. O procurou e pouco ligou enquanto notava os olhares estranhos dos semideuses parados, imóveis, na entrada da arena. Apanhando sua garrafa e a espada ele saiu da arena, ignorando os cochichos que o seguiam. Abriu seus dedos deixando a grama seca cair por entre eles.
Assim que ouviram a palavra “brincar” o casal de gêmeos correu para o balanço, por um tempo eles discutiram sobre quem iria brincar e quem iria empurrar primeiro. Pareceu um debate bastante fervoroso, mas logo a garota, Lissandra, sentou-se. À contragosto o menino, Daniel, começou a empurrar.
– Onde você vai, pai? – O menino perguntou sem virar para ele, ainda prestando atenção nas crianças.
– Consegui um show pra hoje, filho. – Sua voz tremia, mas o garoto não notou. – Eles vão pagar bem e você sabe que nós precisamos de dinheiro para consertar o sax.
– Nós…?
Mesmo sem entender o porquê deles precisarem ficar ali, com todo aquele frio, ao invés de ir com ele para o show o garoto concordou com a cabeça.
– Ok... Só não demora, por favor. Daqui a pouco eles vão cansar e perguntar por você ou por comida.
Revirando o bolso por um tempo, o homem tirou dinheiro e entregou na mão do garoto. Virando-se e saindo pela porta mais próxima dali. Michael guardou as moedas e as duas notas, suspirando e encolhendo-se dentro do casaco surrado.
“Porque ele precisa deixar a gente no frio sempre que vai tocar?” O garoto perguntou para si mesmo, mas sem que pudesse pensar mais nisso ele percebeu seus irmãos brigando. Liss já estava jogada no chão, chorando ou gritando, enquanto Dany ria sem parar.
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A lâmina da katana deslizava nas mãos do garoto como se ele realmente estivesse acostumado com o que estava fazendo. Seus movimentos eram fluídos e velozes: cortes rápidos na horizontal, vertical e diagonal desenhavam linhas retas no ar, cortando-o sem dificuldade.
Seus pés seguiam o ritmo da velocidade dos golpes, atrasando-o durante poucos movimentos. Ele gingava e dançava com a espada de ferro estígio sendo sua única companhia.
Por um segundo ele parou de atacar, encarando o boneco de treino a alguns metros de distância dele. Tentando controlar a respiração pesada, ele correu em linha reta. Sua passada firme acelerava conforme os pés tocavam o chão do local. Antes de chocar com o alvo, o garoto abaixou-se e rolou para o lado, atacando o que seria o tronco do oponente com um corte diagonal.
Levantando-se com o máximo de agilidade possível naquele momento, o semideus esticou sua passada, empurrando o corpo com a sola dos pés para movimentar-se para cima e para frente, até as costas do boneco, atacando-o seguidamente com alguns golpes rápidos. As lascas de madeira e o estofado do instrumento de treino voavam para todos os lados.
Ele acertou o rosto desenhado com o cotovelo, como talvez pudesse fazer contra um adversário real, e afastou-se apenas o suficiente para esticar o braço e a lâmina, tocando com sua ponta no corpo de madeira. A extremidade da arma riscava o boneco, entalhando a trilha que a arma seguia.
O garoto voltou a atacar seguidas vezes, tirando lascas cada vez maiores da madeira, destruindo uma parte do boneco, mas seus ataques cessaram aos poucos, enquanto a arma pesava em seus braços.
Seu suor já grudava a camiseta laranja nas costas do garoto quando ele parou e embainhou sua arma, caminhando até a sombra da arena e sentando-se em um canto. Apanhou sua garrafa d’água e fechou os olhos ao tomar um longo gole.
– Bons movimentos, Micha! Movimentos excelentes! – Michael sorriu, sem abrir os olhos.
– Obrigado, Dany.
Quando ele resolveu olhar pro lado, viu o garoto sentado consigo, também sob a sombra da parede, encarando-o com um sorriso de orelha a orelha. A janelinha do dente ainda aparecendo. As mãos do semideus esticaram-se e ele arrancou uns quatro pedacinhos de grama verde do chão.
– Sim! Você fez assim e depois assim! Aí terminou assim! – Liss imitava seus movimentos com as mãos nuas e de forma bastante imprecisa, mas fofa. Os cachos do cabelo preto da menina sacudindo.
– Boa, Lisie! – Ele exclamou soltando a garrafa e aplaudindo ela por alguns instantes. Até ver a cara fechada do outro irmão.
– Você sempre elogia ela…
– Claro! Eu sou uma lutadora, igual ele! E não um bebezão…
– Ei! Calma aí! – O irmão mais velho os repreendeu. – Primeiro: não fala assim com o Daniel. Peça desculpas.
– Desculpa…
– Segundo: eu gosto dos dois iguais. Agora você tem que mostrar os movimentos, Daniel!
Ele disse rindo e virando seu rosto para o irmão, mas sua imagem já não estava ali. O procurou e pouco ligou enquanto notava os olhares estranhos dos semideuses parados, imóveis, na entrada da arena. Apanhando sua garrafa e a espada ele saiu da arena, ignorando os cochichos que o seguiam. Abriu seus dedos deixando a grama seca cair por entre eles.
Michael Keephe
Menestréis de Orfeu
Mensagens : 19
Data de inscrição : 27/09/2021
Ficha do Semideus
Status:
Vida:
(144/160)
MP:
(140/160)
Nível: 7
Data de inscrição : 27/09/2021
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Ex-Staff 014
Deuses
Olá, Michael! Pra ser sincera, eu me surpreendi positivamente com sua bmo. Quando vi que era pequena, confesso que pensei que não gostaria muito, mas você escreve muito bem! Você conseguiu desenvolver sua trama de forma breve, deixando um quê de mistério no final que fez eu ficar genuinamente curiosa para ler seus posts futuros. Além disso, não consegui encontrar em seu texto nenhum erro de ortografia ou algo do tipo.
De toda forma, eu devo alertá-lo sobre a forma de desenvolver sua bmo. Como você deve saber, uma bmo é considerada uma missão difícil para fins de avaliação e, portanto, espera-se que o player se esforce para escrevê-la. Sua missão, pra ser sincera, ficou mais parecendo um post de arena com breves introduções de trama do que de fato uma bmo. Certamente não é o suficiente para anulá-la, uma vez que seu personagem participa ativamente do decorrer, mas eu realmente gostaria que você tentasse desenvolver mais em bmos futuras. Enfrentar alguma dificuldade, vivenciar descobertas, explorar seus pensamentos, não sei!
Enfim, é apenas uma recomendação (: Parabéns!
— Coesão: 26 de 30
— Ortografia: 12 de 15
— Organização: 10 de 15
Total: 90*7 = 630 xps + 315 dracmas
atualizado
Ex-Staff 014
Deuses
Mensagens : 119
Data de inscrição : 18/09/2018
Localização : who knows
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