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[bmo] fairy tale


Ava Blackthorn
Feiticeiras de Circe

Publicado por Ava Blackthorn Sáb Set 25 2021, 23:07


ava blackthorn

                          
                           
                             Ava Blackthorn                         
Ava Blackthorn
                           
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Ava Blackthorn
Feiticeiras de Circe

Publicado por Ava Blackthorn Sáb Set 25 2021, 23:19


ascendente
A cabeça doía devido aos pesadelos, e Ava sentia os músculos pesados por causa da má noite de sono. Ainda assim, mesmo contra sua vontade, teve que se remexer na cama e acordar. Rupert, um dos irmãos, havia acabado de pular no seu colchão e a abraçava com força, distribuindo beijos carinhosos pelo seu rosto.

— Acorda, Ava! Você disse que leria cartas para mim antes de começar a trabalhar de verdade. — Comentou o garoto, animado, referindo-se ao tarô. Quando a semideusa trouxe os cobertores para cima, tapando a cabeça, Rupert começou a fazer cosquinhas nela. — Ava! Você prometeu!

Apesar do cansaço, Ava soltou uma risada incômoda por causa das cosquinhas. Com esforço, abraçou o irmão de volta.

— Cinco minutos, Rupert. Já estou descendo. — E, sem esperar pelos protestos, empurrou a criança de dez anos para fora da cama. Dando-se por vencido, ele saiu do quarto.

A família Blackthorn era naturalmente mágica, descendente das fadas, e tiravam seu sustento de uma loja de antiquários embaixo de sua enorme casa. O estabelecimento também era um dos principais da cidade quando o assunto era tarô, sendo Ava a melhor cartomante. Naquele dia, era responsabilidade sua abrir as portas do local, pois o pai levaria os gêmeos ao médico.

Tomando um banho rápido e vestindo roupas quaisquer, a prole de Hécate apenas passou um perfume rápido antes de abrir a porta do quarto e descer para tomar café. Rupert, ansioso, a esperava ao pé da escada. Portava um sorriso de orelha a orelha.

Os irmãos — a não ser por Julian, que desprezava qualquer assunto envolto à mágica — costumavam admirar sua habilidade com a magia, visto que estava entrelaçada com ela em todas as suas árvores genealógicas. Quando tratava da questão com a família, Ava costumava ser modesta, mas sabia que era realmente boa no que fazia. Justamente por causa disso, sorriu para Rupert, que ficava ansioso por qualquer demonstração de ocultismo.

Sabendo que o garoto não ia deixá-la em paz antes de obter o que queria, desistiu de tomar café. Nem estava com tanta fome mesmo. Pegou-o pela mão e desceu outro andar, chegando até os fundos do antiquário.

Estava dispersa conversando com Rupert sobre o filme novo que tinham visto, e talvez por isso não notou que não estavam sozinhos na loja, apesar de essa ainda não ter sido oficialmente aberta. No momento em que chegou à frente do estabelecimento, imediatamente estacou.

Uma mulher branca, alta e de cabelos e olhos pretos estava analisando uma escultura de anjo que Ava sequer tinha notado ainda; talvez tivesse chegado na remessa do dia anterior, imaginou. Mas sua atenção estava focada na figura desconhecida, parada ali como se fosse normal adentrar uma loja fechada. Quando a presença dos Blackthorn foi notada, a morena se virou e os encarou.

Ava não teve um bom pressentimento. Apertando a mão de Rupert, falou sem encará-lo.

— Suba para casa, Rupert.

— Mas… — O garoto começou a contestar, provavelmente na intenção de citar a leitura de cartas, mas Ava o interrompeu.

Agora. — Raramente era tão dura com os irmãos, e aquilo assustou o garoto. Além disso, sua voz devia parecer irredutível, pois Rupert soltou sua mão na mesma hora. Seus passos pesados e ressentidos puderam ser ouvidos ao subir a escada. — Quem é você?

Para a surpresa de Ava, a mulher sorriu.

— Não me reconhece, filha? — Blackthorn ergueu as sobrancelhas, confusa. Quando finalmente se deu conta de quem era, aprumou a postura e construiu muros invisíveis ao seu redor, tentando se manter inatingível. — Achou que eu não estaria de olho em você?

A garota revirou os olhos. Guardava certo rancor de Hécate, e não imaginava a possibilidade de conversar com ela como se fossem uma família normal. Na época em que o pai se envolvera com a deusa, ele havia acabado de imigrar da Irlanda e tentava construir uma nova vida em Nova Orleans. Suas condições não eram boas, e receber uma filha na sua soleira com certeza não estava em seus planos; ainda assim, o homem cuidou de Ava e fez de tudo para lhe dar o melhor futuro possível. Enquanto ele lutava para criá-la, sozinho e em um país desconhecido, a mulher apenas desaparecera.

Não era algo do qual Ava se esqueceria.

— Estava torcendo para que não estivesse. — Respondeu, sem se importar em ser educada. A voz amarga deixava óbvio que a visita da deusa não era bem-vinda ali. — Algum motivo em específico para que você apareça tão de repente?

— Imaginei que pudesse fazer um favorzinho para mim. — Ao falar isso, a deusa não pareceu notar que estava sendo absurdamente ridícula ao considerar a hipótese. Justamente por isso, Blackthorn soltou uma risada debochada.

— E o que seria? — Perguntou, controlando o riso que insistia em sair. Não tinha a real intenção de fazer nada para Hécate, mas achou conveniente perguntar e suprir sua curiosidade.

Por algum motivo, Hécate hesitou. Parecia surpresa que Ava tivesse se interessado pelo assunto. Logo depois, deu de ombros e abriu a boca para falar.

— Uma sociedade secreta vem interferindo em alguns dos meus planos… — A expressão trazia raiva, e a semideusa subitamente percebeu que o assunto era sério. — Coincidentemente, a sede dela se localiza em Nova Orleans.

Ava deu de ombros.

— Certamente não é problema meu. — Disse, surpreendendo até a si mesma. Era uma garota educada, na maioria do tempo, mas a cabeça quente e a mania de agir por impulso não pareciam ser boas coisas perto de Hécate. — Vá embora. Não estou disposta a fazer nada para você.

— Ava…

— Eu disse para ir embora. — Soou distante e entediada. Hécate provavelmente percebeu, pois seu rosto se contraiu em desgosto.

Ainda assim, a mulher não insistiu mais. Abriu a porta e saiu, dando apenas um aceno de cabeça para a filha antes de se distanciar. Soltando o ar que estava prendendo, Blackthorn se apoiou em uma estante e ficou ali por alguns longos segundos. A presença da deusa, desagradável, pareceu exaurir todas as suas forças. Antes que tivesse tempo para fazer qualquer coisa, a madrasta passou pela entrada e a encarou com olhos curiosos.

— O que foi, querida? Parece irritada. — Perguntou, preocupando-se com Ava. Era uma mulher amorosa, e sua voz acalmou a semideusa. Em vista disso, a menina balançou a cabeça em negativa, indicando que nada tinha ocorrido. — Tem certeza?

— Não se preocupe, Meredith. — Sorriu, embora desconfiasse de que o sorriso estava afetado. Quando desviou os olhos, estes repousaram sobre o objeto que Hécate analisava no momento em que Ava adentrara o estabelecimento.

Era uma escultura de anjo de, no máximo, vinte centímetros de altura. Suas asas estavam abertas, se erguendo atrás das costas, e a mão estendida possuía um olho desenhado. As íris do objeto chamaram a atenção de Ava, visto que possuíam uma cor roxa profunda.

— O que é aquilo ali? — Perguntou, apontando para a estátua.

Meredith deu de ombros.

— Chegou ontem. Esses olhos seguem as pessoas, parecendo a Monalisa. O antigo dono não quis mais porque lhe dava pesadelos.

Ava pensou naquilo por alguns segundos, mas não achou nenhum motivo em especial para que Hécate estivesse atenta ao objeto. Talvez só tivesse o achado interessante, afinal. Desistindo do assunto, finalmente abriu a loja e começou a trabalhar.

Não pensou mais no assunto, mas a noite chegaria para mudar aquele fato.

[ … ]

Após o trabalho, subiu para o seu quarto para tomar banho e poder jantar. Não costumava trabalhar durante a tarde, mas, com os gêmeos doentes, tinha ficado feliz em cuidar da loja durante o dia inteiro para que o pai pudesse dar atenção a eles. Ainda assim, sentia-se exausta.  A água quente certamente ajudou e, quando saiu do chuveiro, estava definitivamente melhor.

Antes que pudesse se vestir, entretanto, notou algo que anteriormente havia lhe passado despercebido. A mesinha da cabeceira possuía algo em cima, mas a garota estava praticamente certa de que não tinha deixado nada ali. Dessa forma, aproximou-se com certa lentidão.

Ficou surpresa ao ver o que era: um anjo bem parecido com o que vira mais cedo no antiquário estava ali, com os mesmos olhos roxos, mas era consideravelmente menor, com uns cinco centímetros; embaixo dele, um papel retangular estava repousado. Ava o pegou, ansiosa.

Era um convite. O papel duro e amarelado exibia uma lua roxa, acompanhada do nome Ordem Hermética da Lua Roxa; embaixo, um endereço e uma data eram exibidos. Não dizia mais nada, mas era o suficiente para Blackthorn saber que estava sendo convidada. Demorou-se alguns segundos analisando aquilo, considerando a hipótese. Não tinha nada para fazer no outro dia mesmo, certo? Não custava nada matar a sua curiosidade…

Com aquilo na cabeça, desceu para jantar. Os seis irmãos, o pai e a madrasta já estavam sentados, apenas a esperando para comer. O primeiro quem a viu foi Rupert, que logo correu para abraçá-la.

— Olá, Ava. Fez muita magia hoje? — Disse Eleonor, de apenas cinco anos, curiosa e sempre muito comunicativa. Sequer parecia estar doente. O gêmeo ao seu lado, Elliot, estava mais pálido e calado do que o normal.

Ava sorriu.

— Por favor, não vamos falar dessa besteira de magia logo no jantar. Ainda quero ter apetite para comer. — Resmungou Julian. Encarava Ava com olhos raivosos, como se ela fosse a culpada por aquilo. Com quinze anos, era o mais velho após Ava.

— Você é tão infantil, Julian. — Nerissa, com treze anos, sempre se achava superior a todos. Revirou os olhos e, ao notar a refeição chegando à mesa, deixou de lado os irmãos e focou em seu prato.

Ao se sentar, os olhos de Ava foram direto para Marvin. Era sempre sério e sombrio, provavelmente traumatizado pelo tempo que passara sequestrado pelo demônio Kaptos. Era por causa dele que a semideusa possuía uma ligação com aquele ser desprezível, uma vez que se sacrificara em prol do irmão; apesar de parecer sempre distante, o garoto demonstrava gratidão à menina sempre que estava disposto — mas ele raramente estava.

— Como está se sentindo, Marvin? — Perguntou, embora soubesse já há muito tempo que ele nunca era sincero em sua resposta. Levantando os olhos pretos, ele a encarou.

— Bem. — Era o máximo que Ava podia esperar dele.

Suspirando alto, sua mente imediatamente vagou para o presente em cima de sua escrivaninha. Durante todo o jantar, pensou sobre o assunto. Apenas quando já estava quase acabando foi que tomou coragem para falar, interrompendo a conversa sobre como Eleonor planejava ser uma princesa.

— Pai? — Dimitri Blackthorn olhou para a filha na mesma hora, sorrindo. Era sempre atencioso e dedicado. — Já ouviu falar sobre alguma ordem hermética aqui em Nova Orleans?

O pai pareceu intrigado com a pergunta. Nerissa e Rupert imediatamente começaram a prestar atenção na conversa, mas, fora isso, todos estavam preocupados demais com os próprios assuntos. Após alguns segundos, o homem respondeu.

— Creio que não, Ava. Se é hermética, provavelmente apenas os membros sabem de sua existência. — Voltou-se para sua comida, embora tivesse a expressão de quem queria perguntar algo. Quando a semideusa achou que ele tinha realmente desistido, o homem levantou a cabeça e franziu a testa. — Não se meteu em problemas, né?

Ava largou o garfo, pensativa. Havia se metido em problemas? Bom, ela achava que não. Decidindo não preocupar o pai, deu de ombros e sorriu.

— Estava apenas curiosa. Não se preocupe.

Conhecendo a filha que tinha, Dimitri com certeza não acreditara naquelas palavras. Ainda assim, assentiu e voltou a comer.

[ … ]

Não sabia que roupa vestir, então colocou um vestido preto que tapava metade das coxas e amarrou o cabelo num rabo de cavalo. As botas nos pés fizeram barulho contra a escada e, quando o pai saiu para ver se era alguma das crianças, Ava apenas disse que voltaria tarde naquela noite. O homem pouco se importou, então a menina continuou descendo.

No momento em que chegou ao endereço indicado no convite, percebeu que tinha feito a escolha certa ao vestir um vestido ao invés de uma calça. As pessoas ao seu redor, embora fossem de diversas idades, estavam todas elegantes e bem arrumadas.

Na portaria, indicou o convite para a recepcionista, e só então sua entrada foi permitida. Todos os presentes pareciam prestar bastante atenção em Ava, para sua surpresa, mas a menina não se sentiu incomodada. Talvez fossem semideuses; se fosse o caso, poderiam conhecê-la do tal reality que participara há pouco tempo.

As cadeiras estavam espalhadas pelo salão, e Blackthorn sentou-se num canto mais afastado. Após poucos minutos, o silêncio começou a dominar o ambiente e um homem moreno subiu ao palco que se encontrava à frente do público. Parecia ter por volta dos trinta anos, mas era absurdamente bonito e charmoso.

— Sejam todos muito bem-vindos. Para aqueles que estão aqui pela primeira vez… — A voz grossa e imponente falou como se fosse o caso de vários dos presentes, mas seus olhos se encontraram diretamente com os de Ava, surpreendendo-a. — Irei explicar quem somos. A Ordem Hermética da Lua Roxa é, como o nome diz, uma sociedade secreta. Nos juntamos para aprender, praticar e celebrar a magia. A maioria de nós é mortal, mas todos estão cientes sobre o mundo semidivino.

O homem deu uma pausa e, ao olhar ao redor, Ava percebeu que as pessoas sorriam e concordavam com a cabeça. Agiam como se venerassem a figura em cima do palco.

— Meu nome é Adam Petrovich, o Primum Magus da Ordem. — O que quer que aquilo fosse, Ava achou que parecia ser importante. Sua atenção não se prendeu ao título, entretanto, pois Adam novamente a encarava. — Há muito tempo não encontramos Ascendentes, ou seja, indivíduos que considero promissores para fazer parte da Ordem. As pessoas estão se tornando céticas em relação à magia…

Sua voz pareceu triste. Quando falou novamente, contudo, já estava empolgado e abrindo um sorriso no rosto. Blackthorn se surpreendeu com a sua súbita mudança de humor, e então ergueu uma sobrancelha.

— Após três anos, contudo, encontrei uma possível Ascendente… — Limpou a garganta, fazendo suspense. Antes de falar de novo, sua mão aberta se estendeu para algum lugar na plateia. Para Ava. — Ava Blackthorn.

Todos os olhos se voltaram para ela. Surpresa e congelada no próprio assento, Ava demorou ao menos cinco segundos para perceber que os outros esperavam que fosse até o palco. Quando achou que estava fazendo papel de tola, sentada parada ali, sorriu e se levantou com elegância, tentando transpassar maturidade. Os passos até Adam foram confiantes.

Era uma garota qualquer de Nova Orleans, mas a vida ao lado de seis irmãos mais novos certamente a acostumou a receber muita atenção. Sempre sabia como reagir ao inesperado, portar-se com elegância e controlar a situação ao seu favor. Talvez pudessem lhe considerar um pouco manipuladora, mas ela achava que era apenas esperta.

No momento em que chegou ao palco, Adam estendeu a mão direita para a semideusa, e esta a aceitou sem hesitar. Um sorriso bastante convincente estampava o rosto da negra.

— Ava Blackthorn. — O homem repetiu, os olhos agora focados apenas na semideusa. — Ao se tornar Ascendente, você não fará parte definitivamente da Ordem. Você precisará estudar a história, leis e hierarquia da nossa sociedade e, para isso, o nosso templo e membros ficarão disponíveis para você. Seu treinamento somente começará quando você passar pelo seu ritual de iniciação, tornando-se uma Acólita.

Ele a encarou, perguntando silenciosamente se ela havia entendido os termos. Ava concordou, pois tudo era bastante simples. Mesmo assim, ainda não tinha certeza absoluta se queria aceitar o que estava sendo lhe oferecido. Não tinha nada a perder, mas o que teria a ganhar? Era uma filha de Hécate, provavelmente sabia mais magia do que todos os presentes naquela sala.

— Você aceita se tornar uma Ascendente, Ava? —  A pergunta foi feita em tom formal. Ao analisar os olhos do homem, ela percebeu uma leve mudança de cor.

Talvez ele não fosse um mortal, afinal. Talvez realmente pudesse ensiná-la coisas que ela não sabia. De toda forma, era o suficiente para que resolvesse aceitar?

De repente, quando estava prestes a perguntar se podia pensar melhor, palavras que saíram da boca de Hécate invadiram sua mente: "uma sociedade secreta vem interferindo em alguns dos meus planos…"

Com um súbito sorriso, os olhos de Ava brilharam.

— Aceito.

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Publicado por Ex-Staff 010 Dom Set 26 2021, 16:22

Ava Blackthorn
Que estilo narrativo diferente você tem por aqui, Ava. Flui bastante, de forma suave, sem tirar qualquer informação relevante ainda que seja de uma forma mais fluída. Estou curiosa para saber o que o destino nos reserva.

Parabéns!
pontuação— Coerência: 40 de 40%
— Coesão: 30 de 30%
— Ortografia: 15 de 15%
— Organização: 15 de 15%

Total: 100% * 7 = 700xp + 350 dracmas


MONTY


Última edição por Afrodite em Seg Set 27 2021, 21:33, editado 1 vez(es)
                          
                           
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Ava Blackthorn
Feiticeiras de Circe

Publicado por Ava Blackthorn Seg Set 27 2021, 00:54


pérfida

dois meses atrás;

A rotina de Ava estava corrida, para dizer o mínimo.

Ela dava o melhor de si para realizar todas as suas obrigações com maestria, mas vez ou outra acabava se deixando relaxar e curtir alguns minutos de descanso. Naquele momento, sentada na biblioteca da sociedade secreta para a qual tinha entrado — a Ordem —, cantarolava baixinho um jazz que havia aprendido no saxofone recentemente. O livro que anteriormente lia se encontrava à sua frente, embora abandonado, e as páginas velhas e encardidas pouco chamavam a atenção da semideusa.

Não saberia dizer ao certo no que estava pensando, se fosse perguntada, mas com certeza não era nada relacionado à magia. Deveria saber, contudo, que para uma garota amaldiçoada como ela, distração significava invasão. Sua mente costumava involuntariamente vagar para as visões de Kaptos, o demônio com o qual estava ligada. E mesmo que odiasse aquela experiência, não conseguia controlá-la. Estava eternamente condenada àquilo.

Quando se deu por si, seus olhos não captavam mais as estantes altas da biblioteca, ou nem mesmo as paredes escuras do ambiente. Na verdade, estava em um local totalmente desconhecido, e assistia a toda a cena como se fosse o próprio Kaptos. À sua frente, uma mulher loira e de olhos bicolores a encarava com seriedade.

— Irei matá-lo, Kaptos, se ousar chegar perto de uma de minhas feiticeiras novamente — disse a desconhecida.

Ava certamente não sabia quem era aquela mulher, mas seu tom de voz indicava que a ameaça deveria ser tratada com seriedade. Apesar disso, o demônio contrariou qualquer expectativa e apenas riu.

— Se você me matar, Circe, estará também matando uma semideusa inocente. — Sem muito esforço, Blackthorn soube que Kaptos estava se referindo a ela. Afinal, as vidas de ambos eram ligadas. Se um morresse, o mesmo aconteceria com o outro. — Não que você se importe, obviamente.

Ava, por um momento, sentiu medo por si mesma. Não queria morrer. Antes que tivesse tempo para refletir, entretanto, o demônio desapareceu em sombras, sumindo da frente de Circe. Consequentemente, a semideusa foi retirada da visão, e subitamente encontrou-se novamente na biblioteca. Confusa, teve que piscar diversas vezes para se situar.

Mesmo que odiasse Kaptos, torceu para que Circe jamais o encontrasse novamente e, desse modo, não o matasse.

Sua vida dependia daquilo.

[ … ]

Passou o resto do dia um pouco transtornada, sua mente vagando para a visão que tivera mais cedo, e tampouco conseguiu ler qualquer outro livro. Ao entardecer, cansada de pensar naquele assunto, passou em casa para pegar seu saxofone e se dirigiu para Bourbon Street, onde costumava tocar em um dos bares.

A música tinha o poder de fazê-la se esquecer de qualquer preocupação e, entre um gole e outro de bourbon, sua bebida alcoólica preferida, a noite foi bastante agradável. Estava um pouco alterada no momento de voltar para casa e, embora estivesse acostumada a fazer aquele caminho e nunca se perdesse, não foi capaz de captar os detalhes do que acontecia ao seu redor. Sendo assim, quando uma mulher a interceptou em um beco escuro e vazio, ficou surpresa por não ter notado sua presença antes.

Demorou cerca de cinco segundos para perceber as características da mulher, tão idênticas às que lhe apavoraram mais cedo: cabelos loiros e olhos bicolores. Uma exclamação de surpresa escapou de sua boca, e Ava controlou o impulso de bater na própria testa. Como fora estúpida! Se Circe queria matar Kaptos, não era necessário encontrá-lo ou sequer assassiná-lo; já bastava que fizesse aquilo com a própria semideusa. O demônio, burro como era, havia dado à deusa a chave para sua própria destruição.

— Você parece transtornada. Talvez tenha me reconhecido. — A mulher comentou, interessada.

— Tive a sorte de assistir à conversa que você e Kaptos tiveram mais cedo. — Apesar do medo óbvio, a voz saiu firme e debochada.

Por qualquer motivo que fosse, os olhos de Circe brilharam. Ava pensou em perguntar o motivo, mas resolveu ficar quieta. Talvez devesse tentar agir como uma garotinha inocente e indefesa que só queria viver a sua vida em paz, e então a deusa teria dó dela. Contudo, segundos após ter aquela ideia, percebeu que era de uma tolice extrema. Deuses não tinham dó de ninguém!

— Então já sabe os motivos que possuo. Se eu tiver você, facilmente controlaria aquele demônio infeliz…

Então Circe não queria matá-la, mas sim sequestrá-la. Para quem estava acostumada com a liberdade, aquilo era ainda pior. Subitamente irritada, Blackthorn revirou os olhos e fez menção de seguir seu percurso, mas a deusa se colocou em seu caminho. Por causa da colisão, a case do saxofone soltou-se da mão da semideusa, e esta dobrou-se para a frente rapidamente a fim recuperá-la.

Com alívio, envolveu ambos os braços ao redor do objeto, mas viu algo caindo do bolso de sua jaqueta. Demorou para perceber o que era: a carta da Ordem, aquela que havia sido seu convite de entrada para a primeira reunião. Abaixou-se com urgência para pegá-la, mas os olhos de Circe já observavam o objeto com atenção.

— Você faz parte da Ordem? — A mulher parecia surpresa, o que também aguçou a curiosidade da filha de Hécate.

— Qual é o do interesse de todo mundo nisso, afinal? — Perguntou displicentemente, embora realmente desejasse saber a resposta. Fingindo desinteresse, guardou a carta novamente em seu bolso.

Circe ergueu uma sobrancelha.

— Todo mundo?

Ava pensou em dizer que Hécate havia lhe procurado alguns meses atrás, pedindo justamente para que interferisse na Ordem, mas percebeu de repente que não devia explicação nenhuma para Circe. Sendo assim, deu de ombros e ficou calada, ignorando a pergunta que tinha sido direcionada a ela.

Parecendo aceitar que não receberia uma resposta, a deusa desviou os olhos e adotou uma expressão pensativa.

— Acho que acabei de mudar minhas prioridades… — A mulher parecia estar falando consigo mesma, então Blackthorn não se deu ao trabalho de questionar o que aquilo significava. — Imagino que você possa espionar a Ordem para mim.

Implicitamente, aquilo significava que, caso Ava espionasse a Ordem, não seria sequestrada e usada como uma forma de manipular Kaptos. De qualquer forma, não admitindo que estava sendo obrigada a fazer algo, deu de ombros.

— Já recusei a proposta de Hécate muito antes de você me abordar. Não imagino por qual motivo acha que irei te ajudar.

— Você já tem tudo que Hécate poderia oferecer. Eu, por outro lado, posso te fornecer ainda mais poderes e proteção. Soube que você tem interesse em magia…

Ava tinha muito interesse, pra falar a verdade.

Por um segundo, refletiu. Ela gostava de fazer parte da Ordem, gostava mesmo! Adam, o líder da sociedade, era uma pessoa intrigante e habilidosa magicamente; mesmo assim, ele era nada se comparado a Circe. E, embora Ava não quisesse o mal de ninguém, estava muito mais interessada no seu próprio bem.

No final, não se importava realmente com o que aconteceria caso espionasse a Ordem. Ter ainda mais poder e magia disponíveis em suas mãos já era motivo o suficiente para traí-los. Ao contrário de Hécate, por quem Ava só sentia desprezo, Circe era bastante convidativa e convincente.

— Acho que você está certa, afinal. — Sorriu, embora fosse apenas para passar uma imagem menos desagradável. — O que preciso fazer?

[ … ]

Circe havia explicado tudo o que Ava deveria fazer. Eram coisas básicas, na verdade. Possuía dois adesivos de lua nova, e cada um deveria ser colado em um lugar diferente: primeiro no salão de reuniões, depois no escritório de Adam.

Durante a noite, enquanto tentava dormir, a semideusa quase se sentiu culpada por estar fazendo aquilo. Pouco conhecia o resto dos integrantes da sociedade, mas Adam havia sido gentil com ela; não queria prejudicá-lo de forma alguma. Quem sabe o que aconteceria depois que pregasse o tal adesivo nos devidos locais? Não estava nem aí se seria descoberta ou não, porque Circe havia dito que a protegeria, mas tinha a horrível impressão de que o líder da sociedade sairia drasticamente no prejuízo.

E, afinal, realmente queria saber por que Hécate e Circe pareciam ter tanto interesse na Ordem. A mãe dissera que a sociedade interferira em alguns de seus planos, mas a possível patrona não dera nenhuma explicação sobre seus motivos. Sem nenhuma verdade na qual basear sua moralidade, a semideusa acabava se sentindo perdida. Não tinha nem noção de quem era o vilão da história. E, na verdade, nem sabia se existia mesmo heróis e vilões. Não era tudo uma questão de perspectiva?

Mas, se parasse para analisar as ações de cada um dos envolvidos na situação, sentia-se extremamente inclinada a ajudar Circe. A mulher confiara nela para aquela missão que parecia tão importante, enquanto Adam somente a acolhera como uma aprendiz qualquer, embora estivesse longe de ser somente aquilo! Era bem mais poderosa e tinha muito mais conhecimento sobre magia do que a maioria dos mortais naquela sociedade. Merecia, no mínimo, um cargo bem alto e com bastante prestígio.

Além disso, caso Adam tivesse qualquer oportunidade de prejudicá-la para ganhar mais poder, ele provavelmente a agarraria sem pensar duas vezes. Sim, estava plenamente convicta daquilo.

Com sua decisão praticamente tomada, Ava levantou-se da cama e rumou para o quarto de Nerissa, uma entre seus cinco irmãos. Passou pela sua mente que, para pedir a opinião da irmã de apenas treze anos, deveria estar realmente desesperada. Mas não se importou muito.

Mesmo que não fosse admitir, iria perguntar justamente para Nerissa porque ela costumava ter os deveres morais meio distorcidos. Sem bater, abriu a porta e entrou. Rapidamente se enfiou debaixo da coberta da garota e, antes que a cutucasse para que acordasse, ouviu sua voz reclamando.

Sorriu. A irmã era naturalmente noturna, e passava boa parte da noite acordada. Sorte a de Ava.

— Nerissa, estou precisando da sua opinião em algo. Juro que é rápido.

Podia se falar o que quisesse da família Blackthorn, mas todos sabiam que eram bastante unidos. Ava faria qualquer coisa pelo seu pai, madrasta e irmãos, e a recíproca era completamente verdadeira. Nerissa, que costumava sempre apresentar um complexo de superioridade, tornou-se imediatamente prestativa quando ouviu a preocupação na voz da semideusa.

— O que aconteceu?

— Nada ainda. Mas preciso tomar uma decisão, e você é a única capaz de tirar o peso da minha consciência.

Nerissa riu.

— Diga, então.

— Certo… Eu posso aprofundar muito meus conhecimentos em magia, mas para isso eu provavelmente preciso prejudicar alguém. — Por um momento, Ava agradeceu pela família que tinha. Eram todos descendentes de fadas e, portanto, naturalmente mágicos. Sendo assim, podia falar com eles livremente sobre o assunto. — Já tomei minha decisão, mas vai que você tem algo relevante a dizer.

— Não seja boba, A. Tirando a família, ninguém pensaria em você com tanta consideração. — As irmãs estavam no escuro, mas a filha de Hécate sabia que Nerissa havia revirado os olhos. — Prejudique quem precisar para alcançar os seus sonhos.

Nerissa provavelmente deveria ter razão. Ava estava mesmo sendo boba. Com a consciência mais limpa, a semideusa agradeceu e deu um beijo na cabeça da irmã antes de se retirar para o seu próprio quarto.

[ … ]

Colar o adesivo na parede do salão de reuniões fora fácil, uma vez que o acesso era livremente permitido; assim que Ava o fez, discretamente, o objeto se tornou totalmente invisível, o que a agradou bastante. Sua segunda missão, entretanto, demandava um pouco mais de esforço, visto que teria que entrar no escritório pessoal de Adam, o líder da Ordem.

Fingindo casualidade, a semideusa se dirigiu para o local em questão e bateu na porta. Demorou apenas alguns segundos para o homem a abrir com mágica, sem sequer se levantar de sua mesa. Quando ele percebeu que era Ava quem chamara, mudou a expressão mal-humorada para uma sorridente.

— Ah! Olá, Ava. Tenho mesmo assuntos a tratar com você. Por favor, entre.

Ava também sorriu, embora não sentisse vontade. Agindo o mais naturalmente possível — e tinha absoluta certeza de que era uma boa atriz —, adentrou a sala e se posicionou em frente à mesa de Adam.

— Bom, infelizmente não posso dizer o mesmo. Apenas quis vir te ver um pouco. — Havia pensado em muitas desculpas para estar ali, mas nenhuma parecia boa o bastante. No final, se contentou com uma meia verdade: não tinha nada para falar, mas desejava ver Adam. Pelos motivos errados, contudo. — Espero que não se incomode.

Adam pareceu surpreso, mas definitivamente de uma forma boa.

— Longe disso, A. Estou bastante feliz com essa visita sem motivo.

Ava deu um sorriso que beirava a obscenidade. O uso de seu apelido fez seu estômago se revirar, mas ela se repreendeu mentalmente. Estava ali para traí-lo, não para querer beijá-lo a qualquer momento. De toda forma, mantendo a pose, aproximou-se mais da mesa e encarou o homem com olhos curiosos.

— O que você tem para tratar comigo? Confesso que me deixou curiosa.

Como quem se lembra subitamente de lago, Adam levantou as sobrancelhas e se abaixou para remexer em uma gaveta. Aproveitando a oportunidade, Ava tirou a mão direita de trás das costas, onde estava o adesivo, e a levou até debaixo do tampo da mesa. Deixou que o objeto se colasse ali permanentemente.

Sentiu-se novamente mal pela situação, mas manteve-se firme. Não iria voltar atrás em sua decisão.

— Aqui está. — Adam se ergueu novamente, estendendo um papel para Ava. Ao pegá-lo, a garota viu que era um manual. — São as instruções sobre como se seguirá seu ritual de iniciação na Ordem. Você está indo muito bem, melhor do que qualquer outro um dia foi, então imaginei que iria querer fazer isso logo…

Claro, ela tinha que ser iniciada numa sociedade que estava traindo.

— Claro! Mal vejo a hora de ganhar minha Marca. — Não era verdade. Sequer tinha interesse nisso, mas precisava de algo para falar.

A Marca era inútil para ela, afinal. No caso dos mortais que faziam parte da Ordem, ela servia para canalizar o poder e permitir a realização da magia. Ava, porém, era naturalmente mágica, e não precisava daquilo.

— Sobre isso, não se preocupe. Sua Marca será diferente, como a minha, pois não precisamos dela para fazer magia.

Adam era um filho de Hécate, como Ava, mas ela convenientemente se esquecia disso. Gostava de flertar com o homem, e por isso resolvera ignorar que eram irmãos. Sequer considerava a mãe mesmo… Além disso, também achava estranho ter um semideus num local tão mortal quanto aquele; embora fosse mágica, a Ordem não se relacionava em nada com o mundo semidivino — até onde sabia —, e isso podia ser confuso para a semideusa.

Mesmo que quisesse perguntar sobre a Marca de Adam, sabia que não receberia resposta alguma. Dessa forma, deu mais um de seus sorrisos obscenos e se despediu, indo para casa logo em seguida. O antiquário se localizava bem abaixo de sua residência, contudo, e uma mulher loira bem conhecida estava esperando por Ava ali.

— Você conseguiu.

Ava deu de ombros.

— É óbvio que consegui.

— Vejo que é modesta também.

Apesar do sorriso de Circe, Blackthorn não retribuiu. Na verdade, estava fazendo uma expressão de dúvida que provavelmente era bastante irritante.

— O que vai acontecer com a Ordem agora? — Após dizer as palavras, percebeu que não era exatamente aquela sua preocupação. Sendo assim, tomou coragem para reformular. — O que vai acontecer com Adam?

— Isso não te diz respeito.

— É claro que diz. Sou eu quem estou te ajudando. — A voz de Ava já começava a exibir traços de irritação, e ela teve que respirar uma ou duas vezes para se acalmar.

— E você será devidamente recompensada por isso. Já não é o bastante?

Não. Não era, porque gostava de Adam e não queria causar nada de muito ruim a ele. Mesmo que não desse aquela resposta, desconfiava que Circe já sabia da verdade. De toda forma, deu de ombros e desviou o olhar.

— Tanto faz.

Circe novamente sorriu, mas parecia a contragosto.

— Sendo assim, seja bem-vinda às Feiticeiras, Ava.

Ava se permitiu sorrir. Mas, para falar a verdade, não dava a mínima para as Feiticeiras ou para Circe, e a deusa certamente tinha noção disso. Na verdade, uma precisava da outra para objetivos pessoais, e aquilo não parecia uma vantagem que poderia ser ignorada.

No final, as únicas coisas que Ava desejava era poder e magia.

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Publicado por Ex-Staff 010 Seg Set 27 2021, 21:34

Ava Blackthorn
Que gostoso foi ler essa BMO, Ava. Percebi que você tem uma fluidez acima do comum quando se trata da sua trama e isso eh muito interessante de se ler. Estou curiosa pra ver mais ainda sobre sua personagem!

Parabéns!
pontuação— Coerência: 40 de 40%
— Coesão: 30 de 30%
— Ortografia: 15 de 15%
— Organização: 15 de 15%

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