personalidade;

  Flora foi criada com muita liberdade pra ser ela mesma. E é exatamente isso que faz. Quem a conhece, sabe o quanto sua personalidade é excêntrica, pra dizer o mínimo. Sempre fala em excesso — deixando evidente seu forte sotaque britânico —, não se importando se está sendo incômoda; geralmente não tem muito filtro, dizendo qualquer coisa que vem a mente. É muito empolgada, reagindo às coisas com uma intensidade fora do comum, e costuma dar pulinhos e bater palminhas quando fica muito animada com algo.

Não leva nada realmente a sério, na maioria das vezes. Mesmo em assuntos formais, se porta com certo humor e ironia, pois já se acostumou a ser desse modo. É uma garota que dá importância a coisas normalmente consideradas descartáveis, como um céu bonito ou um sorriso inesperado.

Sua intensidade e excentricidade pode, para os mais desacostumados, serem consideradas inoportunas, mas Greenwood nunca foi alguém que se importa com a opinião alheia. Na verdade, raramente costuma se dar conta do que pensam dela. Se atém à sua própria personalidade de maneira ferrenha, agindo como se nada no mundo fosse capaz de abalá-la.

Certamente é uma boa pessoa: dedicou parte da sua vida à cura, sendo uma fiel seguidora de Asclépio, e de modo algum mataria alguém de bom grado. Prestativa, embora não seja idiota. É vegetariana, pois ama os animais e não se vê os comendo, sejam eles de qualquer espécie. Além disso, possui dois principais hobbies: cuida de diversas plantas, tanto em sua casa como em seu consultório, às quais dá muito amor e carinho; e é uma artista plástica, tendo apreço especial por criar mosaicos a partir de insetos mortos. Também aprendeu muito sobre astrologia, apesar de não ser algo que molda suas ações e jeito de pensar.

Para ela, algumas coisas são de extrema importância: sinceridade, confiança e honra. Jamais mentiria para alguém, ou tampouco quebraria uma promessa anteriormente feita. É bastante inflexível nesses ideais, embora não os imponha a ninguém. Na verdade, simplesmente se afasta daqueles que não parecem adotá-los também.

 

 

Resumo

  Flora nasceu em Londres, Inglaterra. Teve como pai biológico Sebastian Lancastre — também semideus, filho de Héracles —, um homem violento e sanguinário que pretendia transformar a filha numa arma. Seu nome era Helena, inicialmente, mas não por muito tempo. A empregada dos Lencastre, assusstada, sequestrou a prole de Atena e a entregou para seus antigos empregadores, os Greenwood, uma família rica e bastante reservada.

Alguns anos mais tarde, Flora ganhou sua primeira irmã, Angelina Greenwood. Teve uma infância feliz, e se descobriu semideusa aos sete anos, quando um monstro atacou sua residência. O vizinho, Joseph Morris, um filho de Hipnos e Curandeiro de Asclépio, interveio no ataque e a ajudou. A partir daquele dia, o homem dez anos mais velho se tornou seu protetor, porto seguro, amigo, inspiração e tutor. A família rapidamente soube de sua ascêndencia, e mesmo assim a aceitou com carinho.

Mudou-se para Nova Iorque aos quatorze anos, morando no Acampamento Meio-Sangue por apenas dois meses, pois o local não foi de seu agrado. Após isso, passou dois anos na casa de uma prima de sua mãe; no momento em que chegou aos dezesseis, tornou-se uma Curandeira e trabalhou por um ano no hospital geral da cidade, abrindo sua enfermaria logo depois. Quando finalmente chegou aos dezoito, tornou-se líder dos seguidores de Asclépio.

Sempre foi uma pessoa que não guarda rancor de ninguém, mas ultimamente vem nutrindo desavenças com a mãe biológica, Atena. Inicialmente, sentia apenas indiferença pela mulher, mas esta começou a lhe mandar em missões perigosas e abusar de sua boa vontade, e a Curandeira se viu irritada e sem paciência. Isso também despertou seu cansaço em relação aos deuses, mas ainda longe de ser o suficiente para se revoltar contra eles. Além disso, tem um amor genuíno e fraternal por Asclépio, e nunca faria nada para magoá-lo.

Recentemente descobriu que o pai biológico, Sebastian, a obrigou a matar uma pessoa quando tinha apenas onze anos. Dessa forma, Joseph imaginou que ela se destruiria pensando naquilo e fez preces a Mnemósine, que apagou sua memória. A deusa lhe devolveu as lembranças, contudo, o que fez a menina entrar em dúvida sobre sua índole.

Era realmente boa, quando já tinha matado alguém?

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